CADEIA DE UNIÃO: FONTE DE BONDADE

Conceito de cadeia de união
A Cadeia de União é o mais perfeito símbolo da unidade maçônica e torna os obreiros em elos fortíssimos e quando é formada representa a Verdadeira Fraternidade. É uma “corrente” que une e é formada por múltiplos anéis interligados entre si, sem princípio e nem fim, evidencia a união perfeita, igual e imutável daqueles que aceitaram unirem-se por Laços Fraternos.

A Cadeia de União é a mais bela e preciosa joia da Loja, ora móvel, ora fixa e quando formada representa a Luz dos Astros em torno do Sol, simboliza o Universo e é eterna, como eternos e universais são o Amor, a Bondade, o Progresso e a Justiça. Os homens unidos se abraçam constituindo uma só Cadeia de União, uma só Família, orientada pela grandeza absoluta do Pai Celestial, que é o nosso G.: A.: D.: U.:

A Cadeia de União é mais um motivo para o Maçom praticar a verdadeira Caridade, ou seja, a que os “Olhos não vêem”, mas o coração sente.


Considerações sobre a união

Os elos nunca são os mesmos, porém por terem os maçons Amor Fraterno e Universal, estão acorrentados aos seus Irr.: de Loja, na solidariedade do bem comum e do crescimento espiritual, podendo ser descrita como uma “prisão mística” e sendo o mais belo símbolo dentro de uma Loja, isto é a “cadeia” em direção a “União”, por isso o Salmo 133, “Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em União!”, nos revela que a União entre os Irr.: os faz uma só pessoa, não podendo ser mais bem demonstrada pelo símbolo da “Cadeia de União”.
A Cadeia de União é formada por anéis de Boa Vontade, motivados pela sede de Verdade e Luz. Esta corrente aparece essencialmente como um símbolo de Solidariedade Humana, ou mais precisamente a Reconciliação Universal.

Objetivos da cadeia de união
Transmissão da “P.: Sem.:” que é um sinal de regularidade maç.: e foi introduzida pelo Grande Oriente de França em 1777;
Demonstrar a igualdade entre os irmãos;
Canalização das energias internas;
Captar a benção Superior do G.:A.:D.:U.;
Dirigir preces ao G.:A.:D.:U.: por intenção a algum Irmão enfermo;
Demonstrar a União e a Fraternidade entre os Irr.: e que fazemos parte do corpo místico da Maçonaria Mundial tanto no plano terrestre como no espiritual;
Objetivo essencial é comunicar-se com as energias celestes, ou seja, um canal de comunicação da terra com o céu.

Preparação
A reunião deve ter como “Ordem do Dia” A Cadeia de União, não é prudente a diversificação de objetivos, pois, embora possuímos uma força mental ao dividi-la em vários pedidos, estaremos enfraquecendo-a e possivelmente diminuindo a sua eficácia. Os Irr.: devem ser avisados anteriormente de quando vai ocorrer, com o objetivo de se preparem espiritualmente; O ambiente deve estar propício, com música de fundo, iluminação fraca, incenso e principalmente a concentração de todos os presentes. Na Cadeia de União não são os olhos que vêem, mas o coração que sente.

Efeitos da cadeia de união
Quando conseguimos absolver a Energia Interior emanada pelos Irr.: “a egrégora” que nos foi presenteada pelo G.:A.:D.:U.: o mundo faz-se notar como “Ser” e nós passamos a “Amar o Mundo”, a respeitar a natureza, a admirar a obra da criação e desejamos um mundo melhor porque nós estamos melhores. Se acreditarmos no seu efeito, se desejarmos o seu resultado e soubermos realizar uma Cadeia de União, esta funcionará perfeitamente, pois não deveremos nos esquecer que ao estarmos unidos em Loja estaremos representando o Cosmos, a Fraternidade Mundial e a emanação de Energias Positivas e Regeneradoras que só tenderá a melhorar o nosso ambiente e aumentará a nossa Vibração Pessoal.

Os indivíduos, ou melhor, a ideia de indivíduo e do particular de cada componente da Cadeia, desaparece como tal, para formar um único corpo vibrando e respiram na mesma cadência rítmica.
A Cadeia de União torna-se assim um Círculo Mágico e Sagrado onde uma Força Cósmica e Teúrgica concentra e flui através de cada “Homem Acorrentado”, constituindo assim o Verdadeiro Espírito Maç.: e é de fato o “quadro celestial” que limita, separa e protege o “O Mundo das Luzes” do “Mundo das Trevas”, o Sag.: do Prof.:.

Nossos símbolos e rituais constituem o núcleo da nossa identidade que a nossa instituição é em si e não pode deixar de ser, a menos que lhe permite tornar-se desvalorizada e vazia de todo o conteúdo essencial. É importante compreender e aceitar que, graças a esses símbolos e rituais é revelada a nós através dos séculos e a Ordem Maç.: adquire seu sentido mais puro.

Só através do esforço pessoal de meditação é possível penetrar no significado mais profundo que esconde o ritual. Porém, quando você não sabe ver nada mais do que a forma exterior do símbolo e é feita com pressa ou pelo simples fato de ignorá-la, conduz inevitavelmente ao empobrecimento do rito em si, deixando, portanto, reduzir a quase nada seus efeitos, assim o valor desse ato não ressoa dentro de nós.

A formação da cadeia de união
Após a queima da Col.: Grav.: devemos observar a importância do elemento fogo. A matéria do papel é reduzida às cinzas. A fumaça produzida é levada em direção à Abóbada Celeste. Dentre inúmeros ensinamentos, há a representação da morte da matéria e imortalidade d’alma que retorna ao Oriente Eterno. De modo geral, a Cadeia de União começa e termina no V.:M.:, e é ele, como a máxima autoridade da Loja, que dirige a invocação ao G.:A.:D.:U.: A Cadeia de União é formada por todos os maçons presentes na reunião, com exceção dos Irr.: visitantes de outras potências quando for passar a palavra.

A cadeia tem uma forma oval ou circular, obrigatoriamente fechada; Estende-se do Oriente para o Ocidente; É feita tendo ao centro o Altar dos Juramentos, com o Livro da Lei aberto; O V.:M.: fica de costas para o trono, a sua direita o Ir.: Or.: e a sua esquerda o Ir.:Sec.:, na outra extremidade em frente ao V.:M.: fica o Ir.:M.:C.:, tendo ao seu lado esquerdo o Ir.:1ºVig.: e a sua direita o Ir.:2ºVig.:, isso no Rito Escocês. Os demais Irr.: do quadro comporão a Cadeia de acordo com o seu lugar em Loja, permanecendo em Silêncio e Meditação.

A transmissão da Pal.:
O V.:M.: transmite a Pal.: (sussurrada ao ouvido) do Ir.:Or.: a sua direita e ao Ir.:Sec.: a sua esquerda, sendo assim transmitida aos Irr.:, que culminará aos ouvidos do M.:C.: e depois de receber a Pal.: em ambas as orelhas, (fora de lugar a cadeia é fechada novamente) e vai retransmiti-la ao V.:M.: em ambos ouvidos que dirá se está correta, se acaso não estiver, repete-se o processo. Se estiver correta o V.:M.: dirá simplesmente: “Meus Irmãos, a Pal.: está correta, guardemo-la no mais profundo silêncio, e só divulga-la em Loja Reg.: e da referida Pot.: Maç.:”

Postura de cada irmão
Os pés em Esq.:, com os calc.: unidos e as pontas, tocando a dos que estão ao seu lado, os Br. Cruz.:, sendo o dir.: sobre o esq.: de modo que a m.: dir.: de um aperte a m.: esq.: do outro em forma de Gar.: Formando assim os Três toques da Cadeia de União: O toque dos Pés, das Mãos e o Mental, quando a pal.: é sus.: ao ouvido, e neste momento os Irr.: devem permanecer com os olhos fechados para absorver toda energia emanada pelos Irr.:

Encerramento
Antes do término do ritual, os Irr.: cumprimentam-se apertando as mãos que ainda encontram-se entrelaçadas e repetem por três vezes Saúde, Sabedoria e Segurança. A quebra da Cadeia deverá ser lenta e suave, para que a força de cada um se estabilize no seu circuito fechado.

Sérgio Crisóstomo dos Reis – M.’.M.’.
A.’.R.’.L.’.S.’. Joaquim Gonçalves Ledo 218, Oriente de Juiz de Fora – MG, Brasil

BIBLIOGRAFIA: