Trabalho sobre: “GR.’. 15.”
Jerusalém havia sido invadida pelos soldados de Nabucodonosor. O Templo fora profanado, saqueado e destruído. Israelitas foram mortos a fio da espada, e outros poucos levados ao cativeiro como escravos.
É importante ressaltar que Zedequias quando coroado Rei de Israel, havia prestado lealdade a Nabucodonosor, e em dado momento de seu reinado tornou-se perjuro e ganancioso, deixando-se vencer pelos vícios e vontades mundanas.
Antes da invasão, Jeremias o profeta alertou o Rei Zedequias, conclamando-o a retificar-se e reconciliar-se perante Deus, impedindo dessa forma o banho de sangue que se abateria a seus súditos, que também haviam abandonado o seu legítimo Deus.
No belíssimo grau de Super Excelente Mestre, do Rito de York, Jeremias diz à Zedequias: “O destino de Israel, sua cidade e seu Templo pendem periclitante na balança. Este dia, ou melhor, esta hora, deve decidir se o Reino fundado por Jeová e o Templo erigido por Salomão, seu servo, perecerão para sempre. Antes que o galo cante, será decidido se vossa Majestade será o último Rei de Judá. Foi por essa razão que vim sua Majestade, oh Rei. Vim para alertá-lo para sua Majestade deixar suas impiedades, suas transgressões e cuidar daquilo que é correto…., lhe induziram ao prazer com o vinho e a luxuria com prostitutas e concubinas… Vejo-te atado com correntes de bronze, e carregado cativo para Babilônia…. Vejo o lugar Sagrado profanado pelos soldados de Nabucodonosor e a Shekhinah abandonando Israel para sempre… Tudo isso acontecerá, a menos que sua Majestade se arrependa.”
Após 70 (setenta) anos da destruição do Templo, Zorobabel, de linhagem nobre dos Israelitas, obteve a autorização do Rei da Pérsia Dario para reconstrução do Templo, sem qualquer interesse de paga e honrarias. Enquanto o Templo era reconstruído, os operários levavam em uma das mãos a trolha e na outra à espada para que a construção se efetivasse, impedindo que intrusos a destruíssem, representados na época pelos samaritanos, que bem na verdade representam a falta de fé, de comprometimento e do amor verdadeiro que deve arder na alma do verdadeiro construtor de pontes, para que tenha a Liberdade de Passar, quando transpuser o Umbral do Oriente Eterno.
A representação da trolha e da espada lembra ao maçom que a falta de fé, a lascívia, os vícios e os erros, que ocasionaram a total destruição do Templo de Salomão, e o consequente abandono do manto da Shekhinah, que paira sobre os homens justos e de bons costumes, que oram e vigiam, alicerçados na máxima Templária, tão bem representada por Zorobabel, que diz: “Non nobis Domine, non nobis, sed nomini tuo da gloriam.” “Um povo que não conhece a sua história, está condenado à repeti-la”.
Que o Supremo Árbitro dos Mundos a todos ilumine.
Ven.’. I.’. Paulo Santos
Supremo Conselho do Grau 33 do R.E.A.A., ARLS Verdadeiros Amigos 3902, GOSP/GOB, Brasil
BIBLIOGRAFIA:
Lembranças da iniciação no GR.’.15 e de SEM. – Rito de York (com o devido crédito)