A SABEDORIA DOS DRUIDAS E O SONHO DA NOVA ERA

O druidismo é a herança cultural e espiritual dos povos celtas, uma religião politeísta originária do passado arcaico proto-indo-europeu. Foi levada para a Europa Ocidental por tribos indo-européias que falavam dialetos célticos. O druidismo é um caminho espiritual em harmonia como o fluxo natural do cosmos. É uma das muitas religiões populares e telúricas que resgatam a reverência às coisas vivas e à disciplina do trabalho diligente, da produtividade, da força física e da saúde. Nos ascena com a importância de seguir a sabedoria dos nossos ancestrais, em vez de rejeitar o antigo conhecimento das gerações passadas.

Estamos entrando na era pós-moderna; os povos estão retornando às suas raízes espirituais e culturais. Recursos estão escassos. A Terra e sua atmosfera não podem suportar mais poluição; devemos terminar com a explosão populacional. A tecnologia pode ter sido a responsável por muitos de nossos atuais problemas de superprodução, mas ela também nos encaminhou para a solução desses problemas. Devemos permitir nosso crescimento espiritual e individual enquanto usamos as novas ferramentas tecnológicas em benefício da humanidade, e não para a destruição de nossos recursos naturais. As pessoas não terão como manter estilos de vida materialistas e gananciosos em um futuro próximo.

Caminhos espirituais como o druidismo estão passando a significar mais para nós porque enfatizam a família, o aconchego do lar e estilos de vida naturais em harmonia com a ecologia do cosmos e com a diversidade humana. As pessoas estão encontrando prazeres maiores na leitura de bons livros, na música popular ou na simples companhia dos amigos e da família. Talvez, no futuro, menos tempo e dinheiro sejam desperdiçados com especulações sobre os estilos de vida decadentes dos ricos e famosos, e as pessoas, então, começarão a voltar suas energias para caminhos positivos de purificação do meio ambiente e de seus recursos preciosos.

Nas religiões tribais e populares, os mais velhos são respeitados por sua experiência e discernimento que ganharam com a idade. Assim é como antevejo a era pós-moderna. A velha visão modernista ditava que tudo seria mudado e que a geração anterior tinha feito tudo errado. Na era pós-moderna, apesar dos tempos irem e virem, as pessoas retornarão ao que deu certo no passado, com a crença de que o que resistiu servirá tanto ao presente quanto ao futuro.

O movimento é anti-racista e antietnocentrista porque permite as pessas serem o que realmente são, a crescer com suas próprias identidades culturais, e a resistir a uma religião ecumênica monolítica para toda a humanidade. Universalismo e sincretismo forçam todas as pessoas a se conformarem com um único caminho.

Alguns seguidores da Nova Era e neopagãos gostariam de unificar todos os sistemas religiosos sob um único e monolítico sistema sincrético, em busca do relativismo cultural. Tal sistema sugere, na verdade, que minorias étnico-religiosas são de alguma forma inferiores e devem ser agrupadas num império religioso maior. Não é melhor permitir que diversos sistemas permaneçam fiéis as suas próprias tradições e histórias, do que insistir na mistura com práticas e crenças possivelmente incompatíveis? A genuína tolerância religiosa vai além do sincretismo e da unidade superficial.

A Nova Era não é tão nova assim, representa a Era de Aquário, que teve início com a entrada do século XXI, é um tempo de reviver antigas idéias. As pessoas que aderem ao Nova Era têm uma sede espiritual autêntica e talvez, por isso, tenhamos o retorno do druidismo céltico, com seus deuses superiores! As pessoas sentirão uma afinidade maior com seu ambiente natural e as condições climáticas, e terão menos necessidades de viajar com motores queimando combustível, à medida que interagirem com a realidade virtual de seus sistemas de computador.

É tarefa das gerações futuras a pesquisa séria de antigos costumes de crenças ancestrais e a reconstrução da sabedoria do passado, com vistas à preservação das heranças culturais no presente. Para os celtas isso significa retornar às fontes originais, indagando os druidas mais antigos sobre suas tradições nativas, utilizando métodos científicos e bem fundamentados de reconstrução.

Bibliografia:
A Verdade sobre Os Druidas, de Tadhg MacCrossan – Editora MAUAD

PEDRO JUCHEM
M.’.M.’., Loja Venâncio Aires II, nº 2369 – G.’.O.’.B.’. / RS, Brasil