ÁGAPE RITUAL

RITUAL DO ÁGAPE

(As mesas devem estar dispostas em U, ocupando o V.·.M.·., o 1º V.·. e o 2º V.·., os mesmos lugares que em Loja), próximo do oriente deve haver um banco ou mesa baixa com espaço para os símbolos da Ordem. A mesa deve estar decorada com peças de fruta em especial romãs e ramos de acácia. Podem estar presentes o pavilhão nacional e o estandarte da G.·.L.·., ou das R.·.L.·. presentes.

VOCABULÁRIO A UTILIZAR
ÁGUA = PÓLVORA
BEBER = DISPARAR, FAZER FOGO
BRINDAR = RELAMBER, RIPOSTAR
BEBIDAS = PÓLVORA
BEBIDAS ALCOÓLICAS = PÓLVORA FULMINANTE
CAFÉ = PÓLVORA NEGRA
CERVEJA = PÓLVORA AMARELA
CHAMPANHE = PÓLVORA EXPLOSIVA
COLHER = TROLHA
COMER = DEMOLIR MATERIAIS, MASTIGAR
COPOS = CANHÕES, ARMAS
DEITAR BEBIDAS = CARREGAR
FACA = ESPADA
GARFO = ALVIÃO, FORQUILHA
GARRAFA = BARRICA
GUARDANAPO = BANDEIRA
IGUARIAS, COMIDA = MATERIAIS
LUZES = ESTRELAS
MESA = PLATAFORMA
BANCO OU CADEIRA = MOCHO
PÃO = PEDRA BRUTA
PIMENTA = AREIA AMARELA
PRATOS = TELHAS
SAL = AREIA BRANCA
TABACO = PÓLVORA DO LÍBANO
TOALHA = VÉU, BANDEIRA GRANDE
TRAVESSAS = BANDEJAS
TRINCHAR = DESBASTAR
VELAS = FLAMEJANTES

Evocação Inicial
(pelo V.·.M.·.)

NA MÃO DIREITA O PÃO
NA MÃO ESQUERDA O VINHO

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O PÃO REPRESENTA A MATÉRIA
PARTILHEMOS UM POUCO DESTA MATÉRIA

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O VINHO REPRESENTA O ESPÍRITO
TOMEMOS UM POUCO DESSE ESPÍRITO

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MEUS I, SÓ COM A CONJUGAÇÃO DA MATÉRIA COM O ESPÍRITO
É POSSÍVEL CONSTRUIR O TEMPLO INTERNO

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[topo]

RITUAL DO ÁGAPE DE OFICINA

O Mestre de Cerimónias reduz a intensidade das estrelas. Convida a entrar e tomar os lugares na oficina, de pé junto ao mocho, primeiro os AA.·. depois os CC.·., os M.·.M.·. seguindo-se o V.·.M.·., que deve usar o colar de função e convidados (que não podem ser profanos). Os Irmãos presentes devem estar correctamente vestidos, revestidos de avental e jóias de função e em pé defronte ao mocho do respectivo lugar.
(* – pancadas de malhete)

V.·.M.·. * – Tomem os mochos, meus Irmãos

Todos se sentam.

V.·.M.·. * – Irmão Primeiro Vigilante, és Maçon?
1º V.·. – Irmão Mestre, os meus Irmãos reconhecem-me como tal.
V.·.M.·. – Qual é o primeiro dever de um Vigilante de Oficina?
1º V.·. – Certificar-se de que a Oficina está coberto da indiscrição dos profanos, Venerável Mestre.
V.·.M.·. – Certifica-te disso, meu Irmão.
1º V.·. – Irmão Segundo Vigilante, peço-te que verifiques se a Oficina está coberto da indiscrição dos profanos.
2º V.·. – Irmão Guarda Interno, verifica se a Oficina está coberto da indiscrição dos profanos.

Após este convite, o Guarda Interno armado de espada, vai constatar se a Oficina está coberta e regressa.

G.·.I.·. – Irmão Segundo Vigilante, a Oficina está coberta dos profanos.
2º V.·. * – Irmão Primeiro Vigilante, a Oficina está coberto dos profanos.
1º V.·. * – Venerável Mestre, a Oficina está coberto dos profanos.
V.·.M.·. * – Meus Irmãos de Pé e à Ordem de Oficina.

O Mestre de Cerimónias dirige-se ao altar e posiciona as três luzes pela seguinte ordem:
Livro Sagrado (fechado), Compasso com o vértice para oriente e aberto a 45º, esquadro em oposição.

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O M.·.C.·. acende as flamejantes começando pelo V.·.M.·., 1º V.·. e 2º V.·..

V.·.M.·. * – Irmão Segundo Vigilante, qual é o segundo dever de um Vigilante em Oficina?
2º V.·. – É verificar se todos os irmãos que compõe a Oficina são Obreiros regulares e se todos podem partilhar os materiais.
V.·.M.·.* – Irmãos Primeiro e Segundo Vigilante certifiquem-se disso na Oficina e digam-me o resultado.

Todos os Irmãos se colocam à ordem de Oficina (sentados), e com a mão em sinal de paz. Os irmãos vigilantes de pé, com o malhete empunhado, verificam a composição da Oficina formada pelo duplo compasso. O Segundo Vigilante verifica a coluna da Oficina de Norte. O Primeiro Vigilante verifica a coluna da Oficina de Sul.

2º V.·. * Irmão Primeiro Vigilante! Todos os Irmãos que compõem a coluna Sul da oficina têm direito a partilhar os materiais.
1º V.·. * – Venerável Mestre! Todos os Irmãos que compõem a coluna da Oficina Sul têm o direito de partilhar os materiais.
V.·.M.·. * – O mesmo acontece no Oriente.- Irmãos Primeiro e Segundo Vigilantes anunciem à Oficina que se vai distribuir a pólvora fraca, a pólvora forte, vermelha ou branca consoante a vontade de cada irmão bem como pedra bruta e materiais a mastigar.
1º V.·. * – Irmão Segundo Vigilante o Venerável Mestre determina a distribuição das pólvoras, pedra bruta e materiais destinados a mastigar.
2º V.·. * – Irmãos o Venerável Mestre determina a distribuição das pólvoras, pedra bruta e materiais a mastigar.
1º V.·. * – Anunciado à Oficina, Venerável Mestre.

Os AA.·. iniciam a distribuição das pólvoras, pedra bruta e materiais consoante o já estabelecido. Após todos estarem abastecidos e os AA.·. sentados:

V.·.M.·. * – II.·. à ordem de oficina (sentados e em sinal de paz)
1º V.·. – Para festejarmos a fraternidade e estreitarmos os laços que nos unem.
V.·.M.·. – Irmão Segundo Vigilante. Qual é o laço que nos une ?
2º V.·. – O da solidariedade.
V.·.M.·.- Sendo assim II.·. Primeiro e Segundo Vigilantes, anunciai nas vossas colunas que os trabalhos vão tomar força e vigor.
1º V.·. – II.·.que ocupam os mochos da minha coluna, os trabalhos vão tomar força e vigor.
2º V.·. – II\que ocupam os mochos da minha coluna, os trabalhos vão tomar força e vigor.
V.·.M *** 
1º V.·.*** 
2º V.·. *** 
V.·.M.·. – Os trabalhos estão abertos.- Deixai de estar à ordem meus II.·. Tem a palavra o I.·. Orador

O Orador pronuncia algumas palavras alusivas ao acto ou uma pequena prancha de reflexão.

V.·.M.·. – Ao meu golpe de malhete suspendemos os trabalhos para nos entregarmos à mastigação.

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Brindes

Os brindes, sua sequência e seu ritmo são determinados pelo V.·.M.·. ou pelo M.·.C.·. que ao dar * é seguido pelo 1º e 2º VV.·.

M.·.C.·. – Faça-se silêncio.

Os trabalhos retomam força e vigor.
V.·.M.·. *** 
1º V.·. *** 
2º V.·. *** 

V.·.M.·. * – II.·. 1º e 2º VV.·. convidem os II.·. a carregar os canhões para relambermos à 1ª saúde.
1º V.·. * – I.·. 2º V.·. e II.·. da minha coluna, o I.·. da barrica vai carregar os canhões para relambermos à 1ª saúde.
2º V.·. * – II.·. da minha coluna o I.·. da barrica vai carregar os canhões para relambermos à 1ª saúde.

O A.·. destinado à barrica carrega os canhões, e quando terminado:

V.·.M.·. * – II.·. 1º e 2º VV.·. convidai os II.·. a perfilarem-se de pé e a alinhar canhões.
1º V.·.* I.·. 2º V.·. e II.·. da minha coluna convido-vos a perfilarem-se, de pé e a alinhar os canhões.
2º V.·. * – II.·. da minha coluna convido-vos a perfilarem-se de pé, e a alinhar os canhões

A cada uma das ordens, os irmãos alinham os canhões lateralmente ao prato e ao centro deste.

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1º V.·. * – Todos os canhões estão carregados e alinhados V.·.M.·.
V.·.M.·. * De pé e à Ordem da Oficina (sinal de paz).

Todos os II.·. põem as bandeiras segundo seu grau. (NOTA: ombro esquerdo A.·., ombro direito C.·. e no pescoço – M.·.)

V.·.M.·. – Meus II.·. o brinde que tenho a honra de propor é em honra de S. Exa. o Presidente da República (O V.·.M.·. designa o I.·.(s) … a propôr o brinde n.º 2 a 6; o I.·. designado toma a palavra para propor brinde após o que:)

V.·.M.·. * – Atenção meus I.·.!! Mão esquerda às Armas! (todos pegam o canhão) Apontar armas! (todos levantam o canhão posicionando o braço esquerdo em esquadro com o canhão defronte) Fogo! (bebem um trago) Bom Fogo (Bebem segundo trago) Fogo Vivo (Bebem até ao final se desejarem) Descansar armas Armas em frente! (igual a apontar armas) Sinal com armas! (todos um/dois/três) e poisam fronte ao prato na posição inicial.)
V.·.M.·. * – Os trabalhos estão suspensos para de novo nos entregarmos ao desbaste.

Assim sucessivamente até ao 6º brinde no final do qual se procede à circulação da palavra

Nota: 1º brinde ao Presidente da República ou Chefe de Estado; 2º brinde aos Soberanos e Chefes de Estado que protegem o M.·.?; 3º brinde ao G.·.M.·.; 4º brinde ao V.·.M.·.; 5º aos visitantes; 6º brinde ao Post V.·.M.·., ou Grandes Oficiais.

Circulação da palavra

O V.·.M.·., depois do 6º brinde, anuncia que vai circular a palavra, e todos os presentes são obrigados a falar (AA.·. CC.·. e MM.·.) por curto período de tempo (1 minuto) e apenas uma vez, sobre tema livre, ou tema anunciado como obrigatório. Não deve haver tempos mortos, e de seguida o V.·.M.·. (ou quem este tiver designado Mestre de Cerimónias) anuncia o sétimo brinde. Este 7º brinde (dito das 11h) é feito com todos os II.·. de pé e em sinal de paz, com o V.·.M.·. sentado e com o A.·. de pé, por detrás dele com a mão direita apoiada sobre o ombro esquerdo do V.·.M.·. e é lido pelo aprendiz mais recente:

Sétimo brinde

A todos os M.·. que estejam em terra, no ar, ou no mar desejamos um rápido restabelecimento dos males de que possam padecer, e um pronto regresso a casa, se assim o desejarem. Em coro todos respondem: A todos os Maçons!

AGRADECIMENTO DO 7º BRINDE

O V.·.M.·., querendo ripostar a este brinde, levanta-se de frente para o A.·. ambos com um copo de vinho na mão. O V.·.M.·. com a base do seu copo toca a base superior do copo do A.·. e diz: ‘Eu, não sou mais do que tu’. Depois toca a parte inferior do copo do A.·. com a parte superior do seu copo e diz: ‘Eu, não sou menos do que tu’. De seguida brinda normalmente encostando os copos, e diz: ‘Eu, e tu, somos iguais!’ E de seguida, entrelaçando os braços para beberem ao mesmo tempo o V.·.M.·., diz: ‘À G.·.A.·.D.·.U.·., bebamos juntos!’

[topo]

ENCERRAMENTO

V.·.M.·. * 
1ºV.·. * 
2º V.·. * 

V.·.M.·. – Meus II.·. à ordem de oficina. I.·. 1º V.·. que salário receberam os II.·. pela Oficina do Ágape?
1º V.·. – Um duplo benefício.
V.·.M.·. – I.·. 2º V.·. que benefício alcançamos hoje ?
2º V.·. – O contentamento da Fraternidade e a esperança do trabalho à Glória do G.·.A.·.D.·.U.·..
V.·.M.·. – Sendo assim, II.·. 1º e 2º VV.·., anunciai nas vossas colunas que os trabalhos vão ser encerrados.
1º V.·. – I.·. 2º V.·. e II.·. da parte norte da Oficina, da parte do V.·. anuncio-vos que os trabalhos vão ser encerrados.
2º V.·. – II.·. da parte sul da oficina, da parte do V.·., anuncio-vos que os trabalhos vão ser encerrados.

Reduza-se as estrelas, o Mestre de Cerimónias retira as 3 luzes e apaga as flamejantes pela ordem inversa ou seja, começa no 2º V.·., 1º V.·. e V.·.M.·..

V.·.M.·.* – Os Trabalhos estão encerrados, terminemos porém com uma cadeia de união entre todos. (Nota: Forma-se a cadeia de União no centro da sala, no interior das mesas, ou à volta delas consoante a sua disposição e condições do local. A mão esquerda em cima do ombro direito do II, e a mão direita unindo as pontas dos guardanapos dobrados de modo a figurarem triângulos invertidos, com os pés unidos. O UM pronunciará na altura uma pequena oração, ao fim do que terminará com as seguintes palavras: “Assim seja, À GADU. Abandonemos a cadeia de união!”)

A partir daqui já se pode abandonar a sala, ou generalizar-se o convívio (só se pode fumar depois do brinde ao Chefe de Estado).


Adaptado em 13/02/2002, de vários rituais de tradição oral, portugueses e franceses.

Luís Nandin de Carvalho
M.·.M.·. e G.·.M.·. ad vitam da G.·.L.·.R.·.P.·.