A COMUNHÃO DAS IDEIAS

A comunhão das ideias não nasce pronta, seus caminhos são tortuosos. É preciso ser sensível ao bem para uma sintonia; os corações duros se instrumentalizam com equipamentos duvidosos, em constante desarmonia com o universo e o seu próprio interior. Na luta do bem contra o mal, vencerá aquele que melhor for alimentado. Pensemos nisso.

Fácil é identificar esses sintomas, basta observar a intolerância, a ambição e a vaidade a serviço de poucos, quase sempre em nome do amor e da unidade, como se o amor traduzisse desapreço e a unidade, fosse tão somente, um discreto instrumento de discórdia.

A vontade de Deus é o aperfeiçoamento humano, pela ampliação da fé e entre outros valores, o respeito às autoridades, às instituições, o exercício da aliança e a expectativa de todo ser humano ser um respeitado cidadão do mundo.

Nós maçons, homens talentosos, livres e de bons costumes, não somos privilegiados. Somos missionários, gladiadores, numa incessante busca e manutenção da Verdade. Assim nos distanciamos da escuridão, e como operários da Luz, construtores de uma sociedade mais justa, com mais oportunidades para todos.

Livres e de bons costumes que somos, em loja nos reunimos, submetendo nossas vontades e, num exercício fraterno, alimentamos a expectativa do carinho recíproco, de forma que no retorno ao lar, tamanha é a alegria em nossos corações que contagiará cada familiar. Também contaremos os dias, para novamente vivermos aquele momento bom e agradável, sempre muito bem acompanhado do calor e abraços fraternais.

Alguns podem dizer que tudo isso é uma utopia, e eu aceito, na ótica “a utopia é o ainda não… mas não, o nunca será”.

Construirmos templos à virtude é tarefa árdua nos dada pelo GADU. É preciso ser imagem e semelhança do Criador, pois essa caminhada vem instruída por históricos caóticos, como Caim matando seu irmão Abel, Pedro negando seu Mestre Jesus e Judas O vendendo. Também a lenda de Iran nos fortifica em nosso exercício sobre-humano para que a paz, a harmonia e a concórdia inundem as famílias, os povos e a confraternização entre os homens seja uma realidade na humanidade.

Tarefa árdua pela dureza do coração do homem, mas nos disciplinarmos, usufruindo de imagens saudáveis, quaisquer resquícios negativos em nosso inconsciente ficarão a mercê de ideias progressistas, nos encorajando a vencer o medo de ser bom, já que fazer o bem, além de ser um dom, prepara o coração para viver em paz enquanto homem e para com a Divindade.

Finalmente, que possamos somar nossas boas energias; que o poder do GADU nos alcance todos os dias e, sob o seu manto, sejamos fagulhas de Sua luz, exemplo de fraternidade e nossas mentes em sintonia produzam os efeitos necessários para um mundo melhor, mais justo e mais fraterno.

Carlos Cezar Rocha, M.’.M.’.
Vitoria – ES, Grande Oriente do Brasil