Epicuro de Samos foi um filósofo grego do período helenístico (1). Seu pensamento foi muito difundido e numerosos centros epicuristas se desenvolveram na Jônia (2), no Egito e, a partir do século I, em Roma, onde Lucrécio (3) foi seu maior divulgador.
Epicuro nasceu na Ilha de Samos (4), em 341 a.C., mas ainda muito jovem partiu para Téos, na costa da Ásia Menor. Quando criança estudou com o platonista Pânfilo por quatro anos e era considerado um dos melhores alunos. Certa vez ao ouvir a frase de Hesíodo, todas as coisas vieram do caos,ele perguntou: e o caos veio de que? Retornou para a terra natal em 323 a.C.. Sofria de cálculo renal, o que contribuiu para que tivesse uma vida marcada pela dor.
Epicuro ouviu o filósofo acadêmico Pânfilo (5) em Samos, que não lhe foi de muito agrado. Por isso foi mandado para Téos pelo seu pai. Com Nausífanes de Téos (6) discípulo de Demócrito de Abdera (7), Epicuro teria entrado em contato com a teoria atomista — da qual reformulou alguns pontos. Epicuro ensinou filosofia em Lâmpsaco, Mitilene e Cólofon até que em 306 a.C. fundou sua própria escola filosófica, chamada O Jardim, onde residia com alguns amigos, na cidade de Atenas. Lecionou em sua escola até a morte, em 271 a.C., cercado de amigos e discípulos. Tendo sua vida marcada pelo ascetismo, serenidade e doçura.
Na Divina Comédia (8), de Dante Alighieri (9), Epicuro é colocado no Inferno como um Herege.Ele está na 6º Prisão, junto com seus seguidores, na cidade de Dite. A pena dos hereges é serem enterrados em túmulos ardentes e abertos,tendo os membros queimados pela areia quente.
O propósito da filosofia para Epicuro era atingir a felicidade, estado caracterizado pela aponia, a ausência de dor (física) e ataraxia ou imperturbabilidade da alma. Ele buscou na natureza as balizas para o seu pensamento: o homem, a exemplo dos animais, busca afastar-se da dor e aproximar-se do prazer. Estas referências seriam as melhores maneiras de medir o que é bom ou ruim. Utilizou-se da teoria atômica de Demócrito para justificar a constituição de tudo o que há. Das estrelas à alma, tudo é formado de átomos, sendo, porém de diferentes naturezas. Dizia que os átomos são de qualidades finitas, de quantidades infinitas e sujeitos a infinitas combinações. A morte física seria o fim do corpo (e do indivíduo), que era entendido como somatório de carne e alma, pela desintegração completa dos átomos que o constituem.
Desta forma, os átomos, eternos e indestrutíveis, estariam livres para constituir outros corpos. Essa teoria, exaustivamente trabalhada, tinha a finalidade de explicar todos os fenômenos naturais conhecidos ou ainda não e principalmente extirpar os maiores medos humanos: o medo da morte e o medo dos deuses. Naqueles tempos, Epicuro percebeu que as pessoas eram muito supersticiosas e haviam se afastado da verdadeira função das religiões e dos deuses. Os deuses, segundo ele, viviam em perfeita harmonia, desfrutando da bem-aventurança (felicidade) divina. Não seria preocupação divina atormentar o homem de qualquer forma. Os deuses deveriam ser tomados como foram em tempos remotos, modelos de bem-aventurança que servem como modelo para os homens e não seres instáveis, com paixões humanas, que devem ser temidos. Desta forma procurou tranquilizar as pessoas quanto aos tormentos futuros ou após a morte. Não há por que temer os deuses nem em vida e nem após a vida. E além disso, depois de mortos, como não estaremos mais de posse de nossos sentidos, será impossível sentir alguma coisa. Então, não haveria nada a temer com a morte.
No entanto, a caminho da busca da felicidade, ainda estão as dores e os prazeres. Quanto às dores físicas, nem sempre seria possível evitá-las. Mas Epicuro faz questão de frisar que elas não são duradouras e podem ser suportadas com as lembranças de bons momentos que o indivíduo tenha vivido. Piores e mais difíceis de lidar são as dores que perturbam a alma. Essas podem continuar a doer mesmo muito tempo depois de terem sido despertadas pela primeira vez. Para essas, Epicuro recomenda a reflexão. As dores da alma estão frequentemente associadas às frustrações. Em geral, oriunda de um desejo não satisfeito.
Encontra-se aqui um dos pontos fundamentais para o entendimento dessa curiosa doutrina, que também foi tomada por seus seguidores e discípulos como um evangelho (10) ou boa nova, o equacionamento entre dores e prazeres.
Das 300 obras escritas pelo filósofo, restaram apenas três cartas que versam sobre a natureza, sobre os meteoros e sobre a moral, e uma coleção de pensamentos, fragmentos de outras obras perdidas. Estas cartas, com os fragmentos, foram coligidos por Hermann Usener (11) sob o título de Epicurea, em 1887, mas mais tarde descobriu ser de Leucipo para Hermann Diels (12) Por suas proposições filosóficas Epicuro é considerado um dos precursores do pensamento anarquista no período clássico.
A certeza
Segundo Epicuro, para atingir a certeza é necessário confiar naquilo que foi recebido passivamente na sensação pura e, por consequência, nas idéias gerais que se formam no espírito (como resultado dos dados sensíveis recebidos pela faculdade sensitiva).
O atomismo
Epicuro defendia ardorosamente a liberdade humana e a tranqüilidade do espírito. O atomismo (13), acreditava o filósofo, poderia garantir ambas as coisas desde que modificado. A representação vulgar do mundo, com seus deuses, o medo dos quais fez com que se cometessem os piores atos, é obstáculo à serenidade. Todas as doutrinas filosóficas, salvo o atomismo, participam dessas superstições. No sistema epicurista, os átomos se encontram fortuitamente, por uma leve inclinação em sua trajetória, que o faria chocar com outro átomo para constituir a matéria. Esta é a grande modificação em relação ao atomismo de Demócrito, onde o encontro dos átomos é necessário. A inclinação a que o átomo se desvia poderia ser por uma vontade, um desejo ou por afinidade com outro átomo. Precisamente este é o ponto fosco na teoria atômica de Epicuro.
Provavelmente tenha explicado melhor em alguma de suas obras perdidas. Certo é que este encontro fortuito dos átomos que garante a liberdade (se assim não fosse, tudo estaria sob o jugo da Natureza) e garante a explicação dos fenômenos, sua elucidação, fazendo com que possam ser explicados racionalmente. Assim, ao compreender como opera a Natureza, o homem pode livrar-se do medo e das superstições que afligem o espírito.
O prazer
A doutrina de Epicuro entende que o sumo bem reside no prazer e, por isso, foi uma doutrina muitas vezes confundida com o hedonismo (14). O prazer de que fala Epicuro é o prazer do sábio, entendido como quietude da mente e o domínio sobre as emoções e, portanto, sobre si mesmo. É o prazer da justa-medida e não dos excessos. É a própria Natureza que nos informa que o prazer é um bem. Este prazer, no entanto, apenas satisfaz uma necessidade ou aquieta a dor. A Natureza conduz-nos a uma vida simples. O único prazer é o prazer do corpo e o que se chama de prazer do espírito é apenas lembrança dos prazeres do corpo. O mais alto prazer reside no que chamamos de saúde. Entre os prazeres, Epicuro elege a amizade. Por isso o convívio entre os estudiosos de sua doutrina era tão importante a ponto de viverem em uma comunidade, o “Jardim”. Ali, os amigos poderiam se dedicar à filosofia, cuja função principal é libertar o homem para uma vida melhor.
O Desejo
Classificação dos desejos segundo Epicuro | |||||
Desejos naturais | Desejos frívolos | ||||
Necessários | Simplesmente naturais | Artificiais | Irrealizáveis | ||
Para a felicidade (eudaimonia) | Para a tranquilidade do corpo (protecção) | Para a vida (nutrição, sono) | Variações de prazeres, busca do agradável | Exemplo: riqueza, glória | Exemplo: imortalidade |
O que é Paradoxo?
Um paradoxo é uma declaração aparentemente verdadeira que leva a uma contradição lógica, ou a uma situação que contradiz a intuição comum. Em termos simples, um paradoxo é “o oposto do que alguém pensa ser a verdade”. A identificação de um paradoxo baseado em conceitos aparentemente simples e racionais tem, por vezes, auxiliado significativamente o progresso da ciência, filosofia e matemática.
A etimologia da palavra paradoxo pode ser traçada a textos que remontam à aurora da Renascença (15), um período de acelerado pensamento científico na Europa e Ásia que começou por volta do ano de 1500. As primeiras formas da palavra tiveram por base a palavra latina paradoxum, mas também são encontradas em textos em grego como paradoxon (entretanto, o Latim é fortemente derivado do alfabeto grego e, além do mais, o Português é também derivado do Latim romano, com a adição das letras “J” e “U”). A palavra é composta do prefixo para-, que quer dizer “contrário a”, “alterado” ou “oposto de”, conjugada com o sufixo nominal doxa, que quer dizer opinião. Compare com ortodoxia (16) e heterodoxo (17).
Na filosofia moral, o paradoxo tem um papel central nos debates sobre ética. Por exemplo, a admoestação ética para “amar o seu próximo” não apenas contrasta, mas está em contradição com um “próximo” armado tentando ativamente matar você: se ele é bem sucedido, você não será capaz de amá-lo. Mas atacá-lo preemptivamente ou restringi-lo não é usualmente entendido como algo amoroso. Isso pode ser considerado um dilema ético. Outro exemplo é o conflito entre a injunção contra roubar e o cuidado para com a família que depende do roubo para sobreviver.
Deve ser notado que muitos paradoxos dependem de uma suposição essencial: que a linguagem (falada, visual ou matemática) modela de forma acurada a realidade que descreve. Em física quântica, muitos comportamentos paradoxais podem ser observados (o princípio da incerteza de Heisenberg, por exemplo) e alguns já foram atribuídos ocasionalmente às limitações inerentes da linguagem e dos modelos científicos. Alfred Korzybski (18), que fundou o estudo da Semântica Geral, resume o conceito simplesmente declarando que, “O mapa não é o território”. Um exemplo comum das limitações da linguagem são algumas formas do verbo “ser”. “Ser” não é definido claramente (a área de estudos filosóficos chamada ontologia ainda não produziu um significado concreto) e assim se uma declaração incluir “ser” com um elemento essencial, ela pode estar sujeita a paradoxos.
O Paradoxo de Epicuro
A Sentença
“Se Deus é omnipotente (19), omnisciente (20) e benevolente (21), então o Mal (22) não poderia continuar existindo”.
A Explicação
Para Deus e o Mal continuarem existindo ao mesmo tempo é necessário que Deus não tenha uma das três características:
Se for omnipotente e omnisciente, então tem conhecimento de todo o Mal e poder para acabar com ele, ainda assim não o faz. Então Ele não é Bom.
Se for omnipotente e benevolente, então tem poder para extingir o Mal e quer fazê-lo, pois é Bom. Mas não o faz, pois não sabe o quanto Mal existe , e onde o Mal está. Então Ele não é omnisciente.
Se for omnisciente e Bom, então sabe de todo o Mal que existe e quer mudá-lo. Mas isso elimina a possibilidade de ser omnipotente, pois se o fosse erradicava o Mal. E se Ele não pode erradicar o Mal, então porquê chamá-lo de Deus?
Roberto Aguilar M. S. Silva, M.M.
A.’.R.’.L.’.S.’. Sentinela da Fronteira, n°53, Corumbá, MS (Academia Maçônica de Letras de Mato Grosso do Sul) – Brasil
NOTAS:
(1) Designa-se por período helenístico (do grego, hellenizein – “falar grego”, “viver como os gregos”) o período da história da Grécia e de parte do Oriente Médio compreendido entre a morte de Alexandre o Grande em 323 a.C. e a anexação da península grega e ilhas por Roma em 147 a.C.. Caracterizou-se pela difusão da civilização grega numa vasta área que se estendia do mar Mediterrâneo oriental à Ásia Central. De modo geral, o helenismo foi a concretização de um ideal de Alexandre: o de levar e difundir a cultura grega aos territórios que conquistava. Foi naquele período que as ciências particulares tiveram seu primeiro e grande desenvolvimento. Foi o tempo de Euclides e Arquimedes. O helenismo marcou um período de transição para o domínio e apogeu de Roma. Durante o período helenista foram fundadas várias cidades de cultura grega, entre elas Alexandria e Antioquia, capitais do Egipto ptolemaico e do Império Selêucida, respectivamente.
(2) Jônia ou Jónia (Ιωνία, em grego) era uma região da costa sudoeste da Anatólia, hoje na Turquia. Ficava entre Mileto e Fócia, e era banhada pelo mar Egeu (e não pelo mar Jônico, como se pode pensar).
(3) Titus Lucretius Carus (ou Tito Lucrécio Caro, na forma portuguesa), poeta e filósofo latino que viveu no século I a.C.. Ele nasceu em 94 a.C. e viveu 44 anos. Ele ficou louco ao tomar uma poção do amor, mas, no intervalo entre os acessos de loucura, compôs vários livros, que foram editados por Cícero.
(4) Samos (em grego: Σάμος) é uma ilha grega no leste do mar Egeu, localizada entre a ilha de Quíos ao norte e o arquipélago das Ilhas Egeias do Norte (norte do Dodecaneso) ao sul e em particular a ilha de Patmos e na costa da Turquia, em que foi formalmente conhecida como Jônia. Seu nome em turco é Sisam. Faz parte do Egeu Setentrional.
(5) Pânfilo (século I d.C.) foi um gramático grego, pertencente à escola de Aristarco da Samotrácia. Ele foi o autor de um dicionário compreensivo, em 95 tomos, sobre palavras estrangeiras e obscuras, sendo tal trabalho creditado a outro gramático, Zopírio, o compilador dos primeiros quatro tomos da obra. O trabalho não chegou a nossos dias, mas um epítome de Diogeniano (século II d.C.) formou a base do dicionário de Hesíquio.
(6) Filósofo grego da escola atomista nascido em Teós, Magna Grecia, lembrado por ter sido um dos principais discípulos de Pirro de Élida (365-275 a. C.), fundador de uma escola filosófica, o ceticismo, uma doutrina prática, também conhecida como pirronismo, e mestre de Epicuro de Sámos (341-270 a. C.), este ligado ao atomismo e fundador da filosofia materialista que celebrava o hedonismo e a paz, o epicurismo. As informações sobre sua vida não chegaram aos nossos dias não por biografias próprias, mas através das biografias de Pirro e Epicuro da autoria de Diógenes Laércio (225-300). Inicialmente discípulo de Pirro, como Hecateu de Ábdera e Timon de Flius (320-230 a. C.), depois tornou-se o mestre de Epicuro, mas é certo que houve um grande deterioramento nas relações do mestre com o discípulo. Epicuro dizia em suas cartas, que o grego de Teós se excedera, dizendo ter sido seu mestre, e chamou-o de estúpido, iletrado e prostituta. O certo é que o que ele escreveu se perdeu no tempo, porém entre seus escritos constou que sua obra principal foi Trípode, conforme informação de Diógenes Laércio, biógrafo grego da filosofia pré-nissênica nascido na Cilícia, o mais conhecido dos antigos biógrafos dos filósofos da Antigüidade.
(7) Demócrito de Abdera (em grego: Δημόκριτος, Dēmokritos, “escolhido do povo”) (cerca de 460 a.C. – 370 a.C.) nasceu na cidade de Abdera (Trácia), e é tradicionalmente considerado um filósofo pré-socrático. Cronologicamente é um erro, já que foi contemporâneo de Sócrates e, além disso, do ponto de vista filosófico, a maior parte de suas obras (segundo a doxografia) tratou da ética e não apenas da physis (cujo estudo caracterizava os pré-socráticos).
(8) A Divina Comédia (em italiano: Divina Commedia, originalmente Comedìa, mais tarde batizada de Divina por Giovanni Boccaccio) é um poema de viés épico e teológico da literatura italiana e da mundial, escrita por Dante Alighieri, e que é dividida em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso. O poema chama-se “Comédia” não por ser engraçado mas porque termina bem (no Paraíso). Era esse o sentido original da palavra Comédia, em contraste com a Tragédia, que terminava, em princípio, mal para os personagens. Não há registro da data exata em que foi escrita, mas as opiniões mais reconhecidas asseguram que o Inferno pode ter sido composto entre 1304 e 1307-1308, o Purgatório de 1307-1308 a 1313-1314 e por último o Paraíso de 1313-1314 a 1321 (esta última data fecha com a morte de Dante).
(9) Dante Alighieri (Florença, 1º de junho de 1265 — Ravenna, 13 ou 14 de setembro de 1321) foi um escritor, poeta e político italiano. É considerado o primeiro e maior poeta da língua italiana, definido como il sommo poeta (“o sumo poeta”).
(10) Os Evangelhos são um gênero de literatura do cristianismo primitivo que contam a vida de Jesus, a fim de preservar Seus ensinamentos ou revelar aspectos da natureza de Deus. O desenvolvimento do Canôn do Novo Testamento deixou quatro evangelhos canônicos, que são aceitos como os únicos evangelhos autênticos para a maioria dos cristãos.
(11) Karl Hermann Usener (23 de outubro de 1834 – 21 outubro de 1905) foi um estudioso alemão nas áreas da filologia e religião comparativa.
(12) Hermann Alexander Diels (Biebrich, Wiesbaden, 18 de maio de 1848 — Dahlem, Berlim, 4 de junho de 1922) foi um filólogo, helenista e historiador da filosofia alemão que coligiu todos os documentos e fragmentos antigos que se referiam à vida e à doutrina dos chamados filósofos pré-socráticos – ou que continham alguma citação deles. O resultado desse esforço foi a sua colossal obra Os fragmentos pré-socráticos (Die Fragmente der Vorsokratiker), que se tornou referência básica para os subsequentes trabalhos de interpretação crítica sobre os pré-socráticos.
(13) Atomismo é uma filosofia natural que se desenvolveu em diversas tradições antigas. Na tradição ocidental, ele remonta à teoria dos filósofos da antiguidade que propuseram a existência de inúmeras e minúsculas partículas sólidas – átomos – que não podiam ser cortados. Os principais filósofos atomistas foram Leucipo de Mileto, Demócrito de Abdera, Epicuro de Samos e Lucrécio. O mundo em constante transformação era explicado como a reorganização incessante dos átomos imutáveis em diferentes formas. Até o químico Dalton em 1800 d.C. esta teoria praticamente não evoluíra. A principal contribuição do atomismo para a atualidade foi o fato de buscar explicar os fenômenos pela emergência, isto é, desenvolver um modo de pensar que se desvencilha da teleologia.
(14) O hedonismo (do grego hedonê, “prazer”, “vontade”) é uma teoria ou doutrina filosófico-moral que afirma ser o prazer o supremo bem da vida humana. Surgiu na Grécia, e importantes representantes foram Aristipo de Cirene e Epicuro. O hedonismo filosófico moderno procura fundamentar-se numa concepção mais ampla de prazer entendida como felicidade para o maior número de pessoas.
(15) Renascimento, Renascença ou Renascentismo são os termos usados para identificar o período da História da Europa aproximadamente entre fins do século XIII e meados do século XVII, mas os estudiosos não chegaram a um consenso sobre essa cronologia, havendo variações consideráveis nas datas conforme o autor. Seja como for, o período foi marcado por transformações em muitas áreas da vida humana, que assinalam o final da Idade Média e o início da Idade Moderna. Apesar destas transformações serem bem evidentes na cultura, sociedade, economia, política e religião, caracterizando a transição do feudalismo para o capitalismo e significando uma ruptura com as estruturas medievais, o termo é mais comumente empregado para descrever seus efeitos nas artes, na filosofia e nas ciências. Chamou-se “Renascimento” em virtude da redescoberta e revalorização das referências culturais da antigüidade clássica, que nortearam as mudanças deste período em direção a um ideal humanista e naturalista.
(16) A Ortodoxia inclui quaisquer posições, opiniões, padrões ou doutrinas oficiais ou vigentes que uma determinada instituição, organização ou sociedade formulou, aceita e defende. Pode-se dizer que a ortodoxia é a manutenção e defesa do status quo.
(17) Heterodoxia (do grego heteródoxos, “de opinião diferente”) inclui “quaisquer opiniões ou doutrinas que discordem de uma posição oficial ou ortodoxa”. Como adjetivo, heterodoxo é usado para descrever um assunto como “caracterizado por desvio de padrões ou crenças aceites” (status quo).
(18) Alfred Korzybski (Varsóvia, Polônia, 3 de julho de 1879 – Lakeville (Connecticut), EUA, 1 de março de 1950), foi um filósofo conhecido por ter desenvolvido a teoria da semântica geral.
(19) Onipotência designa a propriedade de um ser capaz de fazer tudo. É comum a utilização deste termo para designar o poder de Deus, nas religiões judaica, cristã e muçulmana. Na mitologia grega era atribuída aos deuses criadores (primordiais), junto da Onisciência e Onipresença. A omnipotência é um dos atributos incomunicáveis do ser divino. Diz-se incomunicável, pois refere-se a um atributo constituinte da natureza mesma de Deus, diferente dos chamados “atributos comunicáveis”, tais como amor, sabedoria, santidade, os quais podem ser comunicados e compartilhados pelas suas criaturas.
(20) Onisciência é a capacidade de saber tudo infinitamente (ad infinitum), incluindo pensamentos, sentimentos, vida, passado, presente, futuro, e todo universo, etc. A onisciência é um conceito vastamente aplicado nas artes, como na literatura e em produções cinematográficas. Na maioria das religiões monoteístas esta habilidade extraordinária é tipicamente atribuída a um único Deus supremo, onde o conceito da onisciência se mantêm tradicionalmente como uma verdade absoluta (i.e no cristianismo e no islamismo).
(21) Bem (do latim bene) é a qualidade de excelência ética que leva a uma melhor compreensão do amor, da irmandade, da humildade e da sabedoria. Um conjunto de boas ações favorecem na conscientização sobre a existência, tanto do ponto de vista material quanto espiritual.
(22) A idéia de mal geralmente se refere a tudo aquilo que não é desejável ou que deve ser destruído. O mal está no vício, em oposição à virtude.
BIBLIOGRAFIA:
CONSCIENCIA. Epicuro – Hedonismo. http://www.consciencia.org/epicuro.shtml
EDUCACAO. Epicuro. http://educacao.uol.com.br/biografias/epicuro.jhtm
MUNDO DOS FILOSOFOS. O epicurismo. http://www.mundodosfilosofos.com.br/epicurismo.htm
WIKIPÉDIA. Epicuro. http://pt.wikipedia.org/wiki/Epicuro