O TELHAMENTO

Somos aquilo que fazemos consistentemente.
Assim, a excelência não é um ato
mas sim um hábito.

[Aristóteles]

Or.’. de São Paulo, 03 de Novembro de 2004 da E.’.V.’.

Entende-se por telhamento o ato, ou ação, de telhar, ou seja, cobrir com telha(s), HOUAISS[1].

Ao Ir.’. Cobridor é destinada a execução do telhamento, é ele quem permite o ingresso dos IIr.’. ao interior do templo após a abertura dos trabalhos.

Cobrir e Telhar são expressões específicamente maçônicas e consiste em uma série de averiguações junto aos IIr.’., através de SSin.’., TToq.’., PPal.’.Sag.’. e Sem.’., com a finalidade de assegurar o acesso ao templo sómente à IIr.’. MM.’. regulares e com grau correspondente ao qual trabalha o templo, BOUCHER[2].

Pode-se definir que a principal atribuição do Ir.’. Cobr.’. é a de relacionar a proteção física do templo a um estado de espiritualidade de todos que a ele tenham acesso. MORAIS[3] apresenta este importante elo entre o exterior e interior ampliando seus conceitos ao indivíduo na construção de seu próprio templo, o templo humano.

A cobertura do templo se torna impossível considerando suas dimensões, CAMINO [4]. O seu acesso se dá pelo Oc.’., extendendo se até o Or.’.,do Sul ao Norte, representados pelas colunas e das profundezas, representada pelo piso de mosaico até (segundo o eixo zenital) a amplitude do universo, representado pela abóbada celeste. Observa-se que estas dimensões simbolizam os conceitos de continuidade e universalidade ao qual o telhamento deve ser aplicado.

O telhamento tal qual pretende-se também colocar trata do telhamento espiritual e deve se executá-lo continuamente junto à construção do templo humano.

O templo humano pode operar tanto como um receptor, como um transmissor de ondas de espiritualidade. Estas ondas possuem comportamento e características similares às eletromagnéticas, ou seja, são portadoras de energia e informações, possuem período e frequência de transmissão e podem sofrer influência tanto de estações repetidoras como do meio que se propagam.

O processo de sintonia desta onda, representado por um fenômeno denominado de ressonância, está intimamente relacionado com o ajuste do templo humano para a mesma frequência em que ela fôra transmitida. Um receptor só absorve a energia de uma onda se seus componentes, que funcionam como um filtro, estiverem em ressonância com a mesma frequência de transmissão.

O telhamento do templo humano pode assim ser representado, ou seja, os MM.’. devem sintonizar apenas com energias positivas, tanto em seu dia a dia, como no interior do templo. Deve se estar em ressonância apenas com frequências que traduzam os princípios maçônicos.

Todos os sentidos e sentimentos devem ser providos desta capacidade de telhamento. A simples reprodução de fatos, imagens, mensagens, debates, músicas, textos de livros, jornais, revistas, etc. sem o devido telhamento pode resultar na propagação de intensões e ou emoções que viriam a encapsular a sua realidade. Telhar seria simbolizado pela avaliação, análise e, se necessário pela investigação da veracidade dos fatos e episódios que se vivencia diariamente.

O G.’.A.’.D.’.U.’. provê aos MM.’. a capacidade e qualidade de ajustar se a frequências que assegurem a formação da egrégora tanto no planejamento como na avaliação e realização dos trabalhos.

Que a glória do G.’.A.’.D.’.U.’. a todos ilumine e guarde.

Referências Bibliográficas
[1] HOUAISS, ANTONIO. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Acesso pelo site www.uol.com.br .
[2] BOUCHER, JULES. A simbólica maçônica. 16a Edição, Editora Pensamento-Cultrix Ltda, São Paulo, 1979.
[3] MORAIS, ANTONIO. O Telhamento. Prancha apresentada na A.’.R.’.L.’.S.’. Theobaldo Varoli Filho No 2699.
[4] CAMINO, RIZZARDO.Catecismo Maçônico – Aprendiz, Companheiro e Mestre. Madras Editora de São Paulo, ISBN: 85-8550-550-8, São Paulo..


Pedro Luiz Santos Serra

A.’.M.’., A.’. R.’. L S.’. THEOBALDO VAROLI FILHO – N. 2699, São Paulo – SP – Brasil.